sexta-feira, 30 de novembro de 2018

NOVEMBRO

O mês de novembro foi embora, mas tivemos muita coisa boa nesse mês... bebemos muita cerveja... demos muitas risadas... houve muito segundo turno (hehehehe) afinal cerveja artesanal é hobby e só colocamos a mão na massa, ou melhor, no malte durante as longas noites e finais de semana... mas vale tudo a pena... Sei que um dia valerá e muito!!!







1 - Dona Lala - american wheat de carona com a réplica de um sonho ainda a ser buscado...

2 - Sto.Amargo - IPA acompanhando a brassagem de nossa nova cerveja no início do mês...




3 - ªPrimeira - blond belgian, uma das últimas garrafas da penúltima brassagem, graças a Deus já temos uma leva novinha em folha, apesar de ficar melhor a cada mês de garrafa...

4 - 1974 - specialty wheat IPA - durante o churras da família...


5 - Envase da querida 89republic - czech pilsner, cerveja lager, tcheca, feito por um polaco em terras curitibanas...









6 - Churras de 41 anos de um amigo e não poderia faltar Zdrowie - a garrafa da direita é uma APA - Confraria171 e a da esquerda é uma Blond Belgian ªPrimeira devidamente disfarçada com um rótulo próprio para celebrar o aniversário do mesmo brother, porém de um ano atrás - comemorativa de 40 anos... Viva!

Belga com Belga


Ainda sobre a brassagem da SulReal Dubbel, mesmo sendo muitas horas de trabalho e muitas etapas sendo cuidadosamente administradas, ninguém é de ferro né?

Quase chegando o momento de adicionar amoras frescas na fervura, nada mais justo que uma pausa para um "gole"... A Cerveja? Ainda sem rótulo, mas é a Belgian Blond - ªPrimeira.
Afinal nada melhor que beber uma belga enquanto é produzida outra!

Na Zdrowie!

SulReal simplesmente Surreal

A terceira e última brassagem de novembro foi a da nossa Dubbel com amoras e ameixa. A doideira começou em dezembro/2017 quando inventei de fazer uma Belgian Strong Ale meio diferentona. Articulei uma receita bem bacana e se não bastasse a complexidade da própria receita resolvi colocar amoras e ameixa preta na "cerva". Meu pai tinha uma robusta amoreira que havia tomado conta do antigo parreiral e dessa forma tínhamos a disposição amoras muita frescas, aí meu amigo, juntou a sede e a vontade de beber. - Dá-lhe amoras e ameixa na fervura e na maturação. 

O resultado disso? Uma cerveja belga muito complexa, com ésteres, corpo e alma! No ano passado envasamos em garrafas de espumante de 750 ml e em garrafas alemãs de 500 ml. Apesar da cerveja ser a mesma nas duas garrafas, a apresentação da garrafa de espumante é muito clássica e bacana. Dessa vez vou tentar envasar o máximo em garrafas de espumante.

Passado um ano da primeira brassagem, tratei de elaborar a segunda batelada da dubbel, feita com o mesmo esmero e amoras frescas. A primeira semana já passou e a fermentação foi violentíssima, e em meus cálculos a SulReal da vez deve ultrapassar o nível alcoólico da anterior que era de 8%. Vamos aguardar para a medição final.
Isso não me assusta, pois cerveja artesanal é assim mesmo, por mais que seja seguida a risca a receita, variantes como qualidade do malte e da fruta podem influenciar bastante e mudar de forma perceptível ou não as características da cerveja entre uma leva  e outra. O importante é que a cerveja continue boa. 

Vamos ver no que vai dar!

Zdrowie...

NASCIDA EM BRONZE

Uma situação vivida em novembro que trouxe muita felicidade foi ter participado do VII Concurso Paranaense de Cerveja Feita em casa e que teve participação de cervejeiros de toda parte do Paraná. O Concurso foi uma das pérolas da festividade, pois houve ainda um Congresso Cervejeiros nos dias 14 - 15 - 16/11/2018 no Mercado Municipal de Curitiba e uma baita festa no dia 17/11 para a revelação dos melhores do Estado. O local da festa não podia ser em melhor, a casa da cervejaria JOY que recebeu a todos com muita alegria como o próprio nome sugere.
Se o fato de ter participado do concurso com algumas cervejas já me deixou alegre, afinal receberei feedbacks muito esperados e com eles poderei melhorar mais as fermentadas, imagine que no meio da divulgação dos medalhistas, nossa JULHOde75 - OAT PORTER, feita pela primeira vez, recebeu a medalha de bronze na categoria Porters e Stouts. Uma bela surpresa para mim e para quem havia ido junto comigo, pois além de minha esposa, ninguém mais sabia que a Zdrowie estava participando. A JULHOde75 já havia ficado com um simpático terceiro lugar na brincadeira mensal da ACERVA PR, onde quinze cervejas são colocadas para degustação e votadas de maneira bem democrática e informal. "É uma cerveja que nasceu no bronze" rsrsrsrs...
Essa Oat Porter ficou muito especial, pois elaborei uma receita bem bacana, tanto na escolha dos maltes quando nos ingredientes adicionados, deixando o cacau 100% puro como toque principal. A cerveja ficou muito boa, fato que tinha que ser obrigatório tendo em vista ser uma cerveja feita para a Elisa. A descrição completa da cerveja está em algum post anterior pessoal.
Essas coisas é que motivam a continuar remando, ou melhor: brassando (rsrsrsrs) e tentando se aprimorar cada vez mais. Que as loucuras continuem, que a vontade de inovar se mantenha e que a sede nunca seja saciada...

Zdrowie amigos!!!

DOM1880

A Kölsch da Zdrowie também foi lembrada em novembro. Essa cerveja mais leve e bem equilibrada entre malte e lúpulo teve mais uma batelada preparada em novembro e devemos estar apreciando ela bem fresquinha saindo da garrafa em dezembro.

A DOM1880 Kölsch é uma boa pedida para quem quer começar a se aventurar no mundo das cervejas "Ales" (alta fermentação) e só está acostumado a beber cervejas Lager (de baixa fermentação). Batizada em homenagem a sua cidade natal - Colônia na Alemanha - cuja origem do nome já foi divulgado em alguma nota aqui no blog, essa cerveja é considerada por muitos uma cerveja híbrida, pois é percebido nítidas características de cerveja de baixa fermentação, porém é produzida com levedura de Ales.

Em meio a doideira da Zdrowie, a nossa DOM1880 fugiu um pouco da curva e enxertamos um pouco de malte diferente dos usados em receitas habituais. O lúpulo alemão também foi mesclado com americanos, dando uma pegada um pouco mais refrescante, porém saborosa, equilibrada e com gosto de quero mais!
Quase no final da brassagem eu e meu cunhado nos rendemos a um belo "gole" de outra belezura da Zdrowie, afinal o dia estava quente e um copo de Dona Lala - american wheat, medalhista de bronze no III FICC 2018 de Belo Horizonte caiu como uma luva.
Agora é aguardar novas e saborosas doses dessa DOM1880... Mas logo vem...

Zdrowie!!

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Cerveja Nova

Novembro teve inspiração nova! A primeira brassagem do mês foi de um estilo de cerveja que eu já vinha estudando a bastante tempo, como tudo conspirou a favor essa receita saiu do planejamento e foi literalmente para as panelas. Essa cerveja é um dos estilos belgas e é apreciada por um bom número de "cervejólatras". 


Antecipo que será uma cerveja bastante refrescante, boa de ser tomada no verão que está chegando, mas aviso aos tripulantes que essa nova doideira não será para brincar, afinal ela virá carregada de um teor alcoólico "estonteante" se o cidadão ousar beber alguns copos a mais do que costuma suportar.

O frescor virá de uma maluca mistura de maltes, maracujá, limão siciliano, hortelã, anis estrelado e uma combinação de lúpulos bem dosados. A levedura também promoverá um toque singular e além de tudo isso, um ingrediente especial e secreto foi lançado na receita... vamos aguardar e ver o que dá! Dezembro ela já vai para a garrafa e não demora para tirarmos a prova...

Zdrowie - Nada Convencional...

MADEIRA

Uma das formas mais antigas de se armazenar cervejas é sem dúvidas barris e dornas de madeira. Em épocas que o metal como alumínio, inox e polipropileno sequer existiam, as alternativas para os ilustres cervejeiros que desbravavam esse caminho etílico era dos barris. Acredito que existiam cervejas maravilhosas naquela época, contudo, deviam existir cervejas muito ruins também. Com o advento da vidraria, as grossas canecas de porcelana, argila e até mesmo de madeira foram sendo substituídas por canecas transparentes e com isso a cerveja passou a ser mais observada e as técnicas passaram a ser muito mais apuradas. 

Tais melhoramentos foram aplicados em todas as etapas da fabricação da bebida, inclusive na fermentação, maturação e envelhecimento, ou arredondamento como alguns preferem chamar. Conforme a tecnologia ia se aprimorando, os cervejeiros passavam a contar com um número maior de produtos a sua disposição e com isso muitas cervejarias passaram a deixar de lado o uso sistêmico de barris de madeira. Isso não foi regra geral, afinal é sabido que diversas cervejarias continuam até hoje a usar tais meios de armazenamento.

Vejo que a mudança mais contundente em relação ao uso de madeira foi dentro das pequenas e médias cervejarias, inclusive entre os cervejeiros artesanais. A madeira voltou com muita força e termos como "barrel age e wood age" tem sido cada vez mais encontrado entre os rótulos da fermentada. 
Sempre que uma cerveja passa por um processo de maturação mais longo em um barril de madeira, a bebida absorve propriedades do material do barril e essas particularidades podem ser apenas da madeira quando o barril usado é novo ou, detalhes bem específicos mesclando a  madeira e a bebida anteriormente armazenada em um barril usado.
Um barril de cavalho americano ou francês, ou de amburana, pode já ter sido usado para envelhecer vinho, uísque, conhaque, cachaça e uma infinidades de outros destilados e é certeza que traços dessa bebida ficam impregnadas na madeira, que passam na sequência para a cerveja. Essas cervejas envelhecidas e maturadas em barris são em geral mais complexas e mais alcoólicas.
A Zdrowie fará alguns testes com barris de carvalho e amburana. Ainda não foi definida qual cerveja será a escolhida, mas  a certeza que tenho é que faremos tudo com muito cuidado e carinho, para daqui a alguns meses uma cerveja nota mil venha compensar toda essa paciência.
Novidades a vista!
Zdrowie amigos